Lixo Extraodinário, excelente documentário feito por um dos maiores artistas plásticos do mundo, o brasileiro Vic Muniz.
Vic escolheu o aterro Jardim Gramacho no Rio de Janeiro para ser palco de umas das suas mais belas obras de arte produzidas com o lixo recolhido naquelo local. Foi emocionante ver como esse trabalho mudou a vida de alguns catadores, além do que se ampliou a visão que eles tinham deles mesmos. A maior parte do dinheiro arrecadado com o leilão dos quadros foi doado pra melhoria da vida e condições de trabalho dessas pessoas.
Vic arrecadou mais de 250 mil dólares com as reproduções de "Retratos do Lixo".
"Eu prefiro ser um cara que quer tudo e não tem nada, do que ser o cara que tem tudo e não quer mais nada. Porque sua vida pelo menos, quando você não tem nada e está querendo alguma coisa tem um significado, e está valendo apena ser vivida. No momento que você acha que já tem tudo, sabe, você começa a ter que procurar significado em outras coisas. Eu passei metade da minha vida querendo tudo e não tendo nada, e eu tô passando por uma fase, que eu tenho tudo e não quero nada. Eu começo ver as coisas de uma forma mais simples hoje em dia, sem tanta ambição material como eu tinha antigamente. Eu era pobre e só queria ter coisas materiais, eu queria ter coisas, e eu tive que comprar muita porcaria pra ter que me livrar desse complexo." Vic Muniz
É impressionante ver como somos pressionados a consumir por essa monstruosa máquina capitalista. Vivemos com a ilusão de que quanto mais possuirmos, mais felizes seremos. E deixamos de perceber que a verdadeira felicidade se encontra nas pequenas e mais simples coisas.
O pior lado do capitalismo selvagem, é a falta de preocupação com os recursos naturais e sua crescente exploração, o nosso planeta está dando grandes sinais de desgaste. A quantidade de lixo produzida diariamente é assustadora, tudo isso devido ao consumo desenfreado. Esse nosso sitema de vida já está condenado, o planeta não vai suportar.
Lidamos diariamente com produtos bons, descartados por estarem ultrpassados. Sem falar na política da "obsolência programada" absorvida pela maioria das indústrias, causando um consumo exagerado e uma produção exarcerbada.
As pessoas precisam acordar, e sair dessa "matrix do consumo" que foi criada pra mantê-las insatisfeitas e consumindo sempre mais. Reparem que as pessoas felizes são as que menos consomem e são um risco para a política de consumo, por isso a mídia tem um importante papel de frustrar o cidadão pra que ele perceba que o que ele tem não é tão bom, e que sua vida vai melhorar assim que ele adquirir outro produto ou um novo.
Ser feliz custa tão pouco que se as pessoas soubessem esse sistema pífio quebraria rapdamente, dando lugar a produtos extremamente duráveis, o que protegeria nossos recursos e daria espaço pro planeta se remoldar e respirar um pouco, sem falar que nossa atenção e recursos seriam guiados para os problemas que nos cercam como a violência e a má distribuição de renda. Não sou comunista e também não acredito nesse sistema, mas tenho certeza que a diferença entre o veneno e o remédio é a dose.
Escrito por: Wesley